domingo, 21 de novembro de 2010

Perguntas que os estudantes estão fazendo

O CAL encaminhou às chapas, neste final de semana que antecede a consulta, um conjunto de perguntas voltadas a conhecer o posicionamentos das candidaturas sobre vários temas. Apresentamos uma resposta resumida de nossas posições.

1. “Criminalização das festas” e “sindicâncias arbitrariamente abertas pela Reitoria”

            Festa não é crime. Percebemos, se não uma falta de diálogo profícuo entre a administração universitária e os estudantes, pelo menos pouco esforço e pouco sucesso nessa direção. Nosso compromisso é com a democracia e com o diálogo, razão pela qual nos propomos a cumprir um papel de mediação entre os interesses de todas as parcelas da comunidade acadêmica, e representar o IEL condignamente.
Sindicâncias que funcionem como instrumentos democráticos de simples investigação, quando é necessário apurar responsabilidades por falhas ou acontecimentos indesejáveis, são legítimas. Sindicâncias, obviamente, não podem ser instrumentos de repressão ou perseguição a lideranças estudantis.

2. Estímulo à expansão de projetos de Extensão

            A nossa gestão constituirá, logo no primeiro semestre, uma Comissão de elaboração de uma política de Extensão, a ser composta pelo coordenador ou coordenadora de extensão, servidores da Secretaria de Extensão e estudantes interessados em desenvolver ou participar da implementação de ações que incentivem as várias possibilidades de extensão universitária. A re-criação de um Cursinho como o “Machado de Assis”, por exemplo, será muito bem vinda. 

3. Política da Pós-Graduação
           
            Nos propomos a fortalecer e a tornar ativas e mais democráticas as instâncias já existentes, como a CCPG, assim como incentivar fóruns mais amplos de discussão de temas gerais de interesse dos alunos (e dos diferentes cursos) de Pós. Nos comprometemos a apoiar e respeitar a organização própria de uma seção da APG no Instituto, e torná-la interlocutora privilegiada, ao lado da representação discente eleita nas instâncias oficiais do Instituto. Todas as críticas, propostas e sugestões dos alunos serão objeto de atenção e não ficarão sem resposta. 


4. Representação e Participação Estudantil. Paridade.

            O estímulo à maior participação estudantil acontecerá, antes de mais nada, pelo chamamento constante à sua não omissão nos diversos espaços de representação institucional, onde sua voz e voto serão ouvidos, estimulados e valorizados. Também acontecerá pela realização de fóruns de debate mais gerais, a respeito de diversas questões que afetam a vida acadêmica e o cotidiano dos estudantes, cujas reflexões e conclusões nortearão o posicionamento da Direção nas referidas questões, dentro e fora do IEL (Congregação, Consu, etc). Entendemos que democracia não se constrói apenas com votos, mas também com a participação organizada dos atores sociais nas instâncias públicas de discussão e de decisão. Nesses fóruns proporemos o debate aberto e esclarecido a respeito, também, da paridade. Entendemos que o próprio debate desse tema é uma necessidade para consolidação do diálogo democrático na Universidade, uma vez que nenhuma categoria tem direito de impor (ou cobrar) às outras a sua concepção ou visão da forma de representação e deliberação nas instâncias universitárias como sendo a mais legítima. No conjunto dos distintos segmentos da Universidade devemos ser capazes de conduzir essa reflexão de forma democrática e verdadeiramente dialógica, de modo a podermos encaminhar mudanças na direção de formas cada vez mais democráticas de gestão e decisão.

5. Sobre a “existência de mais de uma chapa nas eleições para a direção do IEL”

            Cremos ter respondido isso com clareza nas Cartas que dirigimos à comunidade do IEL ao longo dessa campanha, todas elas também disponíveis em nosso blog. Mas vale destacar que, do nosso ponto de vista, esse fato deveria ser uma rotina a cada quatro anos, e não um fato excepcional (como de fato está sendo).

6. Colaboração da chapa “para o crescimento do Instituto”, “caso não seja eleita”
            Para todos os que convivem no Instituto na última década, parece que está bem clara a contribuição da nossa chapa, alternativa e independente, para o crescimento da democracia e para o incentivo à participação da comunidade nos rumos do IEL. Caso não sejamos eleitos, uma contribuição decisiva, de nossa parte, já está consolidada. Temos certeza, também, de que mesmo no caso de não nos elegermos, a expressão das urnas, nesse processo, será garantia de um sopro de vida para o pensamento independente no IEL, e um fato muitíssimo positivo a favor do respeito à força política dos funcionários e estudantes também, tradicionalmente vistos como forças a serem ‘conduzidas’.
            Em tudo o mais, apoiaremos todas as políticas voltadas à ampliação de vagas discentes e docentes, à recomposição do quadro de funcionários, à democratização dos acessos de nossos acervos e, também, de nossos espaços físicos, fazendo jus à vocação e caráter público de nossa Universidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário